TGA publica orientações atualizadas para impressão 3D de dispositivos médicos

Guia reforça requisitos de gestão de risco, esterilização e biocompatibilidade para garantir segurança e eficácia

A Therapeutic Goods Administration (TGA), autoridade regulamentar australiana, publicou a versão atualizada do guia “Meeting 3D printing (additive manufacturing) rules for medical devices”, que estabelece as regras e boas práticas para fabricantes que utilizam impressão 3D na produção de dispositivos médicos.

O documento sublinha que os dispositivos médicos impressos em 3D são regulamentados da mesma forma que os dispositivos convencionais, de acordo com a Therapeutic Goods (Medical Devices) Regulations 2002, sendo avaliados pelo tipo e utilização clínica, e não pela tecnologia de fabrico em si.

Principais orientações para fabricantes

O guia destaca pontos críticos que devem ser considerados no desenvolvimento e avaliação de dispositivos médicos produzidos por impressão 3D:

  • Gestão de risco: fabricantes devem documentar as propriedades dos materiais, etapas de fabrico e medidas de mitigação de riscos, demonstrando conformidade com os princípios essenciais de qualidade e segurança.

  • Matérias-primas: matérias iniciais não são, em regra, classificadas como dispositivos médicos, mas os fabricantes devem garantir consistência, especificações técnicas e biocompatibilidade, seguindo normas como a ISO 10993.

  • Limpeza e esterilização: dispositivos não estéreis devem passar por processos validados de limpeza, e dispositivos estéreis devem incluir procedimentos de esterilização comprovados, considerando riscos específicos da impressão 3D, como a formação de bolhas de ar.

  • Bioprinting: a impressão biológica em 3D, que utiliza células vivas para criar estruturas semelhantes a tecidos, é considerada um dispositivo médico contendo materiais biológicos e requer aprovação regulatória específica.

Implicações para a indústria

A atualização da TGA reflete a crescente adoção da fabricação aditiva no setor da saúde e fornece orientações práticas para assegurar que os dispositivos resultantes sejam seguros, eficazes e em conformidade com as normas internacionais.

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